segunda-feira, 13 de julho de 2009

Luz Azul - Marta Monaro/ Rafael Martins

Luz Azul: Música de Marta Monaro/Rafael Martins, gravada com uma câmera caseira.
Voz e Violão: Marta Monarohttp://

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Oração do Teatro


MEU Deus! Ator Onipotente, Criador do maior espetáculo, o Universo, ouvi-me nesta prece de amor!Dai-me a perseverança, a paciência, a dignidade e o amor ao próximo, para que meu espectador possa me suportar com paciência, com dignidade e com amor!Fazei com que eu viva o meu papel, sem distanciar-me de Vós!Fazei com que a minha personalidade não se deixe influenciar pelo meu personagem, mas que eu possa colher dele, toda vivência, todo vigor, toda força e magnitude!Que eu transforme a realidade em uma nova realidade, que eu recrie a obra de arte, com toda força interior e que eu colha do meu trabalho, toda Justiça, toda Fortaleza, toda Grandeza e todo Amor!Fazei com que as luzes dos refletores se tornem luzes divinas a iluminar todos os Atos da minha vida! Para que eu faça do palco um altar, sempre na intenção de O respeitar, dignificar, amar e venerar...Que cada apresentação seja para mim, um ato de fé! Que cada apresentção seja um sacrifício de Glória e Sucesso! Para que eu envelheça, crescendo na representação e represente crescendo na velhice, sempre trabalhando, sempre emocionando e sempre glorificando!Enfim, para que quando eu não mais existir, a minha situação aqui na Terra, não tenha sido em vão, e quando cair o pano, no ato final, todos aqueles que conviveram comigo, possam aplaudir-me, gritando: Bravo! Bravo! E assim, eu possa agradar ao Maior Diretor Universal:... DEUS!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Pra Eternizar


Fecho os olhos, respiro um novo ar,

Mas nele não está você.

A casa está vazia, minha cama esfria,

Vem me aquecer...

Então olho para o céu,

Vejo um pássaro voando,

Em minha direção,

E me convida vem voar,

Tô indo te buscar,

Pra eternizar,

Nosso amor.

Nada mais faz sentido,

Preciso do seu abrigo,

Caminho por ruas sem qualquer direção,

Vem me dá tua mão e escuta,

Quero você...

Então olho para o céu,

Vejo um pássaro voando,

Em minha direção,

E me convida vem voar,

Tô indo te buscar,

Pra eternizar,

Nosso amor.
Marta Monaro

Chora a alma


Abrí o livro que você mais gostava e ví,

Lá dentro um bilhete escrito de você pra mim,

Do tempo em que eu era companhia diária,

Doces momentos e de horas amargas.

Então me explica o que nos fez tão distantes,

Por um minuto seu adeus chama a mágoa,

Eu perco o rumo tiro tudo da mala,

Olho ao redor e não te vejo aqui,

Chora a alma,

Que sozinha caminha com medo,

Sem você...

A hora avança no relógio da alma e gira,

O tempo corre lado a lado e o peso que aperta,

Não ter te ouvido desde o início é o que esmaga e expressa,

Eu corro e o círculo me cega trazendo à tona,

Se eu te escutasse e não virasse meu rosto eu vía,

Que dos seus olhos a verdade gritava aflita,

Me recusei em ver além da sua púpila,

estou sozinha com a verdade que bebe,

E que brinda na mesa esperando...

Eu e você.


Marta Monaro

Vou


Procuro, olho e não te vejo mais,

A fechadura alterou a rotina,

Da porta da gente.

Cada cômodo tem o seu jeito,

O espaço que você desenhou,

Ficou manchado de preto.

E esse espaço está me sufocando,

O chão inunda com todo o meu pranto,

Que me esvazia.

Vou lá pro alto respirar,

Na esperança de te encontrar,

De repente...

Voar além do céu que é cinza,

E ter de volta a sua magia,

Que só eu sabia e sentia.

Sei que depois da escuridão vem o dia,

Que clareia e esquenta a chama,

Que nos envolvia.

Que traz de volta aquele calor,

Do seu silêncio mostrando o amor,

Tão puro e nobre que eu tinha.

E agora a fresta da porta não mostra,

Sua sombra e o cheiro viraram-me as costas,

E eu aqui esperando,

Respostas.


Marta Monaro

quarta-feira, 11 de março de 2009

Certas Coisas - Zélia Duncan & Lenine


Sem palavras para essa interpretação de ZD e Lenine.
"Vou mostrando como sou e vou sendo como posso.
Jogando meu corpo no mundo,andando por todos os cantos.
E pela lei natural dos encontros,eu deixo e recebo um tanto.
E passo aos olhos nus ou vestidos de lunetas.
-Passado,presente!
Participo sempre sendo o mistério do planeta"

Sonhos de Um Palhaço - Antônio Marcos


Música linda de um cantor amado,que deixa saudades!
Antônio Marcos,canta com a "Alma" nessa linda interpretação.
Deixo aos visitantes do meu Blog essa linda canção,
Criada por Edmilson de uma maneira "Singela" e de muita "Emoção".
Parabéns Edmilson, pela criação!

Marta Monaro

terça-feira, 10 de março de 2009

Rastreador


Estou aqui, olhando pra janela do meu interior,

Buscando as respostas para meu "eu" despertador.

Que toca e vibra, pede pistas, do seu puro e intenso amor.

Estou aqui, no círculo, quatro elementos, girando, rodamoinhos,

Juntando água, fogo e ar na terra do meu jardim sem flor.

Olhando para nossa vida, em busca da intensidade e da pista,

Te busco em meu rastreador.

Meus poros, pedem seu suor, hidratação necessária,

O nosso corpo aquecido debaixo do cobertor.

Igual aquela canção Melodia, de Angela, de Zélia, Gonzaguinha e de Itamar Assumpção.

O disco roda na vitrola antiga, releio na agenda a nossa rotina,

Te trago naquela fita cassete, que passo alí na televisão.

Retorna e abre a cortina da minha púpila,

Me dá uma chance e eu te provo,

Olhando além de seus olhos,

Que eu preciso do seu amor.

Respiro o vento que me leva, pra dentro da caixa de objetos,

Guardados no nosso baú velho do sótão do meu coração.

Trancado a sete chaves, empurro, a tampa se abre,

Procuro seu novo endereço, o pó que sobe me arde a visão.

E num instante então eu paro, congelo e então olho para lado,

Te avisto em meio a fumaça seguindo em minha direção.

E no mais singelo abraço, entre mãos, e lábios colados,

Corpos quentes se entrelaçam, e o bater descompassado,

Te aquece e te traz de volta ao meu coração.


Marta Monaro

Teatro


"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.

Por isso cante, chore, dance e viva intensamente...

Antes que a cortina se feche".

sábado, 7 de março de 2009

Rotina...dia-a-dia

O dia começa, levanto e vou ao banheiro, lavo meu rosto, faço xixi e olho no espelho....
Sento na cadeira e tomo meu café com leite com pão na chapa que eu "adoro"...
Mais um dia começa e refaço os movimentos diários da minha vida...
Arrumar a cama, e limpar a casa inteira...
Começo varrendo o chão de piso frio, depois vou até o quintal e coloco água no tanque...
Molho o pano de chão com desinfetante...
Torço...
Caminho de volta e começo a rotina diária...
Primeiro meu quarto, depois o corredor, depois o outro quarto...
Sala, cozinha, banheiro...
Lá se vai minha manhã inteira, a casa limpa, tudo cheirando a flores e rosas...
Suando, tomo meu banho matinal, sabonete "Johnson's", lançamento mel e flor de laranjeira...
Lembro do sítio, lá em Palmital, cheiro de infância, sabor de lembranças que ficaram para trás...
Pego a toalha do "looney tunes" de cor azul, desbotada de tão velha e me enxugo...
caminho em direção ao quarto, passo desodorante "dove", creme importado de maçã verde e saio exalando perfume pela casa...
Pego meu creme de pentear da "mônica", porque não tem química e o perfume de chiclé toma conta do meu cabelo encaracolado...
Hora do almoço, fome apertando e en tão sento a mesa com a família, disso não abro mão...
Sentar a mesa com todos da casa e fazer a ceia "juntos" (Ensine seus filhos a fazerem isso!)...
Uma hora da tarde, tarde caindo e eu alí entre sair pagar contas, fazer compras, e ficar no PC...
E-mail, orkut, MSN, sites de notícias, diversão e "claro" jogos on line, "amo e não abro mão"...
Escuto músicas enquanto faço tudo isso, Zélia, Lucina, Simone, Isabella Tavianni, Ana Carolina e depois os saudosos, Altemar Dutra, Cartola, Pixinguinha, Maysa (aquela do seriado global, lembra?), Moacir Franco, Pérola Negra e tantos outros vivos e mortos alí no meu quarto...
Artistas que já ví, não ví, que nem sabem da minha existência...rsrsrsrs...
Mas que eu amo tanto!
A noite cai, a novela e o jornal começa e lá na sala família grudada em tudo e eu aqui no colchão...
Ela alí no PC, chegou do trabalho cansada e eu alí, a contemplá-la...
Segue a mesma rotina diária, mas ao contrário de mim, trabalha!
Novas canções e de novo "Ney Matogrosso"...sabadá(não sei o nome da música!)...
Terminada a varredura pelo Pc, lá pelas duas da madruga, vamos deitar...
O silêncio se aproxima devagar, as pálpebras pesam e o sono vem...
Esperando o dia raiar...

Marta Monaro

Marlene Dietrich


Os genuínos artistas de teatro são pessoas preciosas,

Que possuem um fluxo de estímulo que vai até o outro.

Gente generosa, gente humilde, geralmente triste,

O que as torna adoráveis, pois sua tristeza tem uma razão maior.



Marlene Dietrich

quinta-feira, 5 de março de 2009

Sapatos gastos


Respiro o ar que me sufoca, encontro do céu, do mar,

Da terra, do fogo e do ar.

Juntam-se os quatro elementos,

Numa esquina em meio a fios e a canteiros.

Alí, mais uma brasileira, que toca o couro do pandeiro.

Sambando pra ganhar a vida, abre a cortina da lida,

Respinga o suor, seu grito cinzento, nulo e com som abafado,

Requebra em sua quentinha, que tira de dentro da mochila,

Pedaços de sua história em meio a farelos de feijão,

Do nosso país descoberto por cada cidadão.

A sede então lhe abate, ao som de um liquidificador.

Que canta a roda da roda que gira, nas ruas eu sou você.

Hoje sou mais uma na multidão, que escorrega em pedras de sabão.

Tropeço em rastros de sangue que pintam a tela da minha visão.

Queria escrever seu nome, mostrar na TV aberta, retrato da decomposição.

Do nosso país descoberto por cada cidadão.

Alguém grita por socorro, o som que vem lá do beco, machuca minha audição.

Então eu abro a cartilha o gurí espalha a farinha sua mais pura lição.

E a nuvem escura se mostra, escondida atrás daquela porta querendo ser dona da razão.

Do traço do desempregado em busca de uma oração.

Eu de sapato gasto, mãos, pés e um caderno no braço, escrevo a minha redação.

Do país dos descalços e com gatilhos na mão.

Fatos dos noticiários que embaralham minha visão.

Retrato publicado em manchetes, que você finge ser ilusão.

Do nosso país descoberto por cada cidadão.


PS: Cansei de andar pelas ruas e ver tanta poluição visual e tanta gente sem visão!

É isso!


Marta Monaro


Você chegou pra mim,

De um modo especial.

Me trouxe, paz, alívio,

E um amor sem igual.

Olhar pra tí é como ver um ser,

Angelical...

Doou abrigo e conforto,

Iluminou meu astral...

Jô é mais que vida,

É a mais simples beleza,

Brinda comigo o sorriso,

A canção mais perfeita...

Fecho os meus olhos

E sopro no ouvido do vento,

Que eu te protejo do frio,

E te aqueço em meu peito.


PS: Jô essa é "só sua", ela é curta e simples, mas foi feito com todo o carinho.

Obrigada por você existir!


Marta Monaro

Trilhos de vidro


Pra você

Eu faço essa canção.

Escrita em poucas linhas,

Feitas, de algodão.

Pedra lapidada,

Esculpida e costurada,

Com cordas de aço, aqui,

Ficarão...

Sigo meu caminho nos trilhos de vidro,

E o barulho que vem vindo é do seu coração.

Que bate no meu peito,

Conduz meu pensamento,

Clareia a neblina,

E eu flutuo ao firmamento...


PS: Essa música escreví para um "amigo amado", aquele amigo de todas as horas.

Essa é sua Fábio, sucesso eterno!


Marta Monaro

Canção do Iso


Cantando a canção,

Lembrando de nós,

Tudo no meu coração.

Ouvindo a voz...

Voltando lá atrás,

Sentindo momentos que não,

Voltam mais.

Eu queria lembrar de você,

Para todo o sempre.

Mas eu sei que o tempo vai,

E eu sei que a sua voz,

Estará, dentro de nós.

Não foi por acaso que o nosso encontro,

Aconteceu...

Com você aprendí,

A estar e a sentir,

E a buscar o meu eu.

Eu queria lembrar de você,

Para todo o sempre,

Mas eu sei que o tempo vai,

E eu sei que a sua voz,

Estará, dentro de nós.



Marta Monaro

Amigo


Com você eu aprendí a olhar pra dentro de mim,

Busquei no fundo a criança que dormía e entendí,

Que lá no fundo do meu pensamento, você ía chegar.

Esse amigo e companheiro aqui e por onde eu passar.

Vou te levar...

Você está em mim e agora,

Não dá pra voltar atrás.

Sabe a dose certa, pra cura e o bem estar.

Ninguém e nenhuma briga,

Conseguirá separar, essa amizade infinita,

Eu sempre vou regar.

Pra que o jardim das nossas vidas,

Fortifique o nosso lugar.

Você está no meu coração,

Seja perto ou longe, sentimos a mesma emoção.

Nossas almas são ligadas como fio de alta tensão.

Somos ondas sonoras, cantando a mesma canção,

Pelo ar...


PS: A amizade quando verdadeira é indestrutível, somente aqueles que não conhecem o "real" valor dessa palavra é que não merece ser chamado de "amigo". Estamos sempre nos esbarrando em pessoas e "decepções" fazem parte do nosso caminho. Por isso quando perco uma amizade, acredito que ela foi necessária somente no tempo que ela permaneceu ao meu lado e deixo-a seguir "em frente" para que ela se encontre com outros pela estrada afora...


Marta Monaro

Só você


Marcas profundas e gravadas no peito,

Me fazem rever meus sentimentos,

Lembranças doces e amargas no coração.

Olho pra dentro e volto no tempo,

Você alí, corpo solto ao vento,

Imagem nítida e perfeita, na multidão.

Só vejo você, só sinto você, só você.

Você se foi, não deixou nem um rastro,

Meu corpo queima e treme é só descompasso,

Quero de volta seu calor, sua transpiração.

Sua pele exala um perfume suave,

Boca macia, beijo doce me invade,

Alma amiga, anjo de luz, te peço perdão.

Só vejo você, só sinto você, só você.

Falei demais, ferí seus sentimentos,

Paguei com juros te perder tá doendo,

Volta eu só quero que escute essa canção.

Que eu te fiz, botei tudo o que eu sinto,

Eu jamais te terei e isso é tudo,

Mas te levo na bagagem como recordação.

Só vejo você, só sinto você, só você...


Marta Monaro

E daí?


Eu sou criança sim,

Mas já não sei sorrir,

Aqui dentro do meu peito,

A dor me invade.

Meus olhos só enxergam,

O descaso e a maldade.

Eu sou menor de idade e daí?

Qual o meu papel nessa sociedade,

Fala pra mim?

Sou pequena e indefesa,

Minha voz é meu silêncio.

Meu grito é abafado,

Pela mão desse diabo.

Que fere, me machuca,

Sorrindo me estupra.

Revólver na minha nuca,

E daí?

-Ninguém olha por mim!


PS: E a sociedade ainda fecha os olhos para esse tipo de crueldade.

Acordem! Não se façam de "Desentendidos"...

Basta!


Marta Monaro

Encontros...Desencontros


Sentí aqui no peito uma saudade,

Que doía e ardia.

Então pensei em você e viajei,

De mãos dadas com a estrela guia.

Escorreguei pelo Arco-Íris e cheguei,

Até você que dormia,

Não quis fazer barulho,

Então fiquei te olhando,

E te aquecí da noite fria.

O dia foi se aproximando,

E foi chegada a hora da partida.

Te dei um beijo no rosto,

E uma lágrima teimosa caía.

Deixei contigo uma gota,

Que rega recordações de nossas vidas.

Encontros...desencontros,

Apenas lembranças daqueles dias.

Dias daqueles, lembranças apenas!


Marta Monaro

Construção Interior


Abro meus olhos, todo o dia a mesma imagem,

No espelho da minha própria construção interior.

Cimento firme, alicerce aumentando, o suor molhando o chão,

E eu enxugando a solidão.

Sento bem alto, olho pra abismo minha vida,

Que me implora em agonia para algém lhe dar a mão.

Me dá um conselho, sopra ao vento seu abrigo,

Vem aqui segue comigo, dá pra mim seu coração?

Veja só como é engraçado o coração,

Ele pulsa por você, tomando conta de mim.

Não quer saber da neblina em seu olhar,

Só me faz te dizer, que eu te quero pra mim.

Viro a bússola, a seta indica: -Segue em frente!

Meu passado foi queimado e o hoje pega a minha mão.

Olho pra frente, a construção tá terminando,

Lá num canto só um fato,

Chama a minha atenção.

Num papel pintado e já envelhecido,

Eu já tinha o meu projeto,

Preso na imaginação.

Desde sempre eu já traçava minha vida,

Num compasso a roda gira,

E eu te canto essa canção!


Marta Monaro

Agonia


A agonia que aperta meu peito,

Tem tudo a ver com você.

É a agonia do amor que eu sinto,

E não consigo lhe dizer.

Sofro calada esse amor,

Que acompanha meu viver.

Meu peito grita de saudade,

Por querer se unir à você.

Choro calada, inundo a casa,

Com meu pranto que salga tudo.

Sinto sede, quero beber tua água,

Meu poço é fundo.

Mas eu te quero, fica aqui do meu lado,

refresca meu mundo.

Então me dá tua mão,

E me arranca desse abismo escuro.

Meu anjo você é minha calma,

seu colo alívia o meu ser.

Olha pra mim,

esquecí o meu medo,

E escuta...

Eu amo você!...

...você!


Marta Monaro

Me escuta


Mergulho fundo, volto ao núcleo,

E a Mãe Terra se revela pra eu te aquecer,

Me aconchego em seu peito e de ohos fechados,

Seu calor absorve, todo o meu ser.

E então volto lá atrás,

E a sua imagem me faz ter força e coragem pra te receber.

Só o que eu te peço é uma última chance,

Para eu respirar calmamente, sem temer.

Então eu viajo para além da neblina,

E de braços abertos, tô pronta pra te receber.

Vem! Escuta meu grito,

Brinda comigo o absinto,

Dança ao som do infinito, gravado para nós num CD.

O suor que nos esquenta é o mais puro sussurro,

Nossa bocas sopram, nosso prazer.

Mergulhamos no fundo e o oceano se abre.

O tremor do seu corpo unindo eu e você.

Movimento perfeito, o enlace que congela o tempo,

Coisa mais linda é acordar e te ver,

Abrindo os olhos com aquela preguiça,

Seu corpo nú me esquenta, me entrego,

Eu sou você!


Marta Monaro

quarta-feira, 4 de março de 2009

Ancião






Seguindo pela estrada,


Adiante eu avistava,


Um senhor que alí chorava,


Sobre uma rocha sentava.


Cheguei ao seu encontro,


Perguntei o porque do choro,


Cabisbaixo então me disse:


-Lembrança é meu consolo!


Quando jovem era querido,


Era casado, tinha três filhos.


Uma família tão unida,


Ajudou a todos no que podia.


O mais velho era doutor,


O do meio advogado,


O caçula diplomata,


Foram muito bem criados.


Aos poucos formaram família,


Viu seus netos progredindo,


Ajudando e apoiando,


Sua meta ele cumpria.


Com o tempo foi sentindo,


Que seu físico regredia,


A idade avançava, pouco à pouco,


dia-a-dia...


Sua esposa falecera,


Se sentia muito sozinho,


Sentiu na pele a indiferença,


Era um estorvo e um impecilho.


Nas épocas festivas toda família se reunia.


Sentado em sua cadeira,


Nenhum carinho recebia.


Ajudou a criar todos,


Ensinou a serem gente,


Hoje ele era um velho, abandonado e carente.


Naquela tarde entendí,


O que deseja um ancião.


Compreensão e carinho,


E de uma mão para lhe dar direção.




Marta Monaro

Boemia


A roseira é perfumada,

Aveludada e multicor.

As ramas verdes de esperança,

Pintam minha pele sede de cor.

As folhas escondem entre seus caules,

Mãos e juras de amor.

Sangrando meu coração,

Pinta o toque do cavaco, que chora minha dor.

Noite calma, de seresta,

Chega junto o violão.

Que ajuda conter as dores,

Desse humilde cidadão.

E me diz com jeito nobre:

-Das dores nasce a inspiração!


Marta Monaro

Sonhei Contigo

Sonhei contigo esta noite,
Sonhei que estava ao teu lado.
Noite alta, rua deserta,
O céu anil estrelado.
Senti teu corpo junto ao meu,
Suspirei corta cortado.
Trocamos juras de amor,
Corações acelerados.
Ao abraçar seu lindo corpo,
acordei em desespero.
Ao saber que tudo era um sonho,
E eu amando o meu travesseiro.

Marta Monaro

Frente e Verso

Contente sigo em frente,

Chorando, rindo, vou indo,

Em frente, brigo, xingo,

Indo assim nua, transparente,

Não sou comum, sou apenas,

Diferente!

Não guardo, rancor nem mágoa,

Sigo andando, amando e contente,

- Já vou indo!

Marta Monaro

Por Onde Eu For


O caminho que sigo, sempre me levará até você...

Duplicidade entre o amanhecer e o anoitecer!



Marta Monaro

Regador


Rego a vida sempre,

Mesmo que a vida nos separe,

Eu estarei sempre cultivando,

O amor que vivemos.

Juntos...o apoio, o riso.

Aquele calor tão preciso,

Que revigorava e me dava alívio,

Quero você comigo,

Mesmo que você não me queira mais,

Eu estarei contigo.

Estou sempre me perdendo,

Em meio a labirinto de pessoas, em vãos,

Em corpos que se tocam e muitas vezes,

Não se sentem...

Prazeres, entrega...

Vivo cada instante mágico,

Amanhã? Não sei...
Marta Monaro

Luz Azul...


Luz azul...

Ninguém sabe ao certo onde te encontrar,

Numa noite Azul,

Azul.

Na Lua ou nas Estrelas,

Voando.

Como um Pássaro Azul,

Sobre o Mar Azul.

Nele no Horizonte,

Uma Luz Azul...
Marta Monaro