Procuro, olho e não te vejo mais,
A fechadura alterou a rotina,
Da porta da gente.
Cada cômodo tem o seu jeito,
O espaço que você desenhou,
Ficou manchado de preto.
E esse espaço está me sufocando,
O chão inunda com todo o meu pranto,
Que me esvazia.
Vou lá pro alto respirar,
Na esperança de te encontrar,
De repente...
Voar além do céu que é cinza,
E ter de volta a sua magia,
Que só eu sabia e sentia.
Sei que depois da escuridão vem o dia,
Que clareia e esquenta a chama,
Que nos envolvia.
Que traz de volta aquele calor,
Do seu silêncio mostrando o amor,
Tão puro e nobre que eu tinha.
E agora a fresta da porta não mostra,
Sua sombra e o cheiro viraram-me as costas,
E eu aqui esperando,
Respostas.
Marta Monaro
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