Abrí o livro que você mais gostava e ví,
Lá dentro um bilhete escrito de você pra mim,
Do tempo em que eu era companhia diária,
Doces momentos e de horas amargas.
Então me explica o que nos fez tão distantes,
Por um minuto seu adeus chama a mágoa,
Eu perco o rumo tiro tudo da mala,
Olho ao redor e não te vejo aqui,
Chora a alma,
Que sozinha caminha com medo,
Sem você...
A hora avança no relógio da alma e gira,
O tempo corre lado a lado e o peso que aperta,
Não ter te ouvido desde o início é o que esmaga e expressa,
Eu corro e o círculo me cega trazendo à tona,
Se eu te escutasse e não virasse meu rosto eu vía,
Que dos seus olhos a verdade gritava aflita,
Me recusei em ver além da sua púpila,
estou sozinha com a verdade que bebe,
E que brinda na mesa esperando...
Eu e você.
Marta Monaro
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