Seguindo pela estrada,
Adiante eu avistava,
Um senhor que alí chorava,
Sobre uma rocha sentava.
Cheguei ao seu encontro,
Perguntei o porque do choro,
Cabisbaixo então me disse:
-Lembrança é meu consolo!
Quando jovem era querido,
Era casado, tinha três filhos.
Uma família tão unida,
Ajudou a todos no que podia.
O mais velho era doutor,
O do meio advogado,
O caçula diplomata,
Foram muito bem criados.
Aos poucos formaram família,
Viu seus netos progredindo,
Ajudando e apoiando,
Sua meta ele cumpria.
Com o tempo foi sentindo,
Que seu físico regredia,
A idade avançava, pouco à pouco,
dia-a-dia...
Sua esposa falecera,
Se sentia muito sozinho,
Sentiu na pele a indiferença,
Era um estorvo e um impecilho.
Nas épocas festivas toda família se reunia.
Sentado em sua cadeira,
Nenhum carinho recebia.
Ajudou a criar todos,
Ensinou a serem gente,
Hoje ele era um velho, abandonado e carente.
Naquela tarde entendí,
O que deseja um ancião.
Compreensão e carinho,
E de uma mão para lhe dar direção.
Marta Monaro
Nossa Má, achei lindo o seu poema... bem profundo, porém, é a realidade de vários por aí.
ResponderExcluir