Abro meus olhos, todo o dia a mesma imagem,
No espelho da minha própria construção interior.
Cimento firme, alicerce aumentando, o suor molhando o chão,
E eu enxugando a solidão.
Sento bem alto, olho pra abismo minha vida,
Que me implora em agonia para algém lhe dar a mão.
Me dá um conselho, sopra ao vento seu abrigo,
Vem aqui segue comigo, dá pra mim seu coração?
Veja só como é engraçado o coração,
Ele pulsa por você, tomando conta de mim.
Não quer saber da neblina em seu olhar,
Só me faz te dizer, que eu te quero pra mim.
Viro a bússola, a seta indica: -Segue em frente!
Meu passado foi queimado e o hoje pega a minha mão.
Olho pra frente, a construção tá terminando,
Lá num canto só um fato,
Chama a minha atenção.
Num papel pintado e já envelhecido,
Eu já tinha o meu projeto,
Preso na imaginação.
Desde sempre eu já traçava minha vida,
Num compasso a roda gira,
E eu te canto essa canção!
Marta Monaro
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