Estou aqui, olhando pra janela do meu interior,
Buscando as respostas para meu "eu" despertador.
Que toca e vibra, pede pistas, do seu puro e intenso amor.
Estou aqui, no círculo, quatro elementos, girando, rodamoinhos,
Juntando água, fogo e ar na terra do meu jardim sem flor.
Olhando para nossa vida, em busca da intensidade e da pista,
Te busco em meu rastreador.
Meus poros, pedem seu suor, hidratação necessária,
O nosso corpo aquecido debaixo do cobertor.
Igual aquela canção Melodia, de Angela, de Zélia, Gonzaguinha e de Itamar Assumpção.
O disco roda na vitrola antiga, releio na agenda a nossa rotina,
Te trago naquela fita cassete, que passo alí na televisão.
Retorna e abre a cortina da minha púpila,
Me dá uma chance e eu te provo,
Olhando além de seus olhos,
Que eu preciso do seu amor.
Respiro o vento que me leva, pra dentro da caixa de objetos,
Guardados no nosso baú velho do sótão do meu coração.
Trancado a sete chaves, empurro, a tampa se abre,
Procuro seu novo endereço, o pó que sobe me arde a visão.
E num instante então eu paro, congelo e então olho para lado,
Te avisto em meio a fumaça seguindo em minha direção.
E no mais singelo abraço, entre mãos, e lábios colados,
Corpos quentes se entrelaçam, e o bater descompassado,
Te aquece e te traz de volta ao meu coração.
Marta Monaro
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